O natal que
devolve a vida
O que realmente aconteceu naquele
primeiro natal em Belém? Vejamos: O diabo e o pecado nos roubaram a Vida
Eterna. Mas como Deus pôs no coração do
ser humano o anseio pela eternidade (Eclesiastes 3.11), eles não conseguem
extirpar de nossa alma o desejo pelas coisas eternas. Este anseio produz em nós
uma inquietação que nos faz procurar em
nós mesmos, em outras pessoas e nas coisas por algo que nos satisfaça e dê
sentido à nossa vida. Mesmo sem o saber, buscamos o que mate a nossa sede por
eternidade.
Mas nenhuma pessoa e nenhum objeto nos
satisfazem plenamente. É como se uma parede nos separasse da verdadeira vida,
produzindo a sensação de que não nos encaixássemos neste mundo. C.
S. Lewis chamou gotas de graça
aqueles rumores de transcendência que ele experimentava quando ouvia música,
lia mitologia grega ou visitava uma catedral.
E ele concluiu: Se encontro em mim
um desejo que nenhuma experiência deste mundo pode satisfazer, a explicação
mais provável é a de que fui criado para outro mundo.
Para John Piper a tragédia do mundo é que o eco é confundido com o grito que o iniciou.
Quando estamos de costas para a beleza fascinante de Deus, fazemos sombra na
terra e nos apaixonamos por ela própria. Mas isto não nos satisfaz
verdadeiramente. Os livros ou a música onde pensamos estar a beleza nos
trairão, se confiarmos neles. Pois eles
não são a coisa em si, eles são somente o aroma de uma flor que não encontramos,
o eco de um tom que ainda não ouvimos, notícias de um país que nunca visitamos.
Quando Jesus nasceu, este outro mundo
eterno para o qual fomos criados nos visitou e irrompeu para dentro de nosso
mundo finito: E o Verbo se fez carne e
habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai. (João
1.14). Somente quando permitimos que Jesus – o Verbo Eterno – nos encontre em
meio à nossa busca louca, nossos anseios pela eternidade são saciados. Somente
ele transforma nossa vida e nos devolve a Vida Eterna. Como expressou Agostinho: Fizeste-nos
para Ti, e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em Ti.
P. Sigolf Greuel
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