28 de jan. de 2015

Preocupado com o futuro?

Cada final e início de ano é a mesma coisa: certos personagens típicos, com pose de especialista, às vezes até ridiculamente vestidos, fazem suas previsões de futuro. Apresentam bolas de cristal, búzios, mapas astrais, cartas, leitura das mãos... como se realmente soubessem de alguma coisa! E olha que recebem crédito até de pessoas que afirmam que não é coisa racional crer e adorar a Deus. No entanto, são capazes de acreditar que seu futuro esteja escrito em algo como cartas de baralho ou outra coisa semelhante.

Numa hora dessas, como cristãos, precisamos é mudar de canal, deixando de dar audiência a esse tipo de apresentação. Afinal, temos motivos de sobra para não dar crédito a tais prognosticadores. Vejam só: o mundo não acabou em 2.000, como disseram que Nostradamus teria previsto; o Walter Mercado (aquele do “ligue já”!) é um caso de polícia na Europa; a Mãe Dinah tomou o maior vexame fazendo uma votação ridícula como postulante à deputada federal (será que, se fosse capaz de adivinhar algo, teria dado esse vexame?).

Algumas pessoas parecem ter uma premente necessidade de saber o futuro, uma ânsia de saciar os desejos de seu vaidoso coração. Como serão seus casos de amor? Seus negócios prosperarão? Que direção dar àquela decisão que precisa ser tomada? A viagem pretendida será bem sucedida? Em que dia devo iniciar a construção do prédio planejado? Enfim, são muitas perguntas e planos. São incautos os que se dirigem aos videntes de plantão em busca de respostas a essas e outras tantas perguntas. Esse tipo de atitude constitui verdadeira armadilha destinada a tomar o dinheiro de quem confia em enganadores profissionais, que não têm a mínima consideração em brincar com os sonhos e sentimentos das pessoas.

E, reparem só, muitos artistas de fama nacional submetem-se, em rede nacional, a verem seu destino e sua sorte serem traçados pelos mais variados métodos, inclusive visões ou jogo de búzios. Na realidade, isso só serve para animar os fãs desses artistas a procurarem tais videntes, dessa forma alimentando uma indústria do engodo. No meio disso tudo, de tanta previsão, é claro que alguma coisa, por pura coincidência, acaba se concretizando!

Como cristãos, não podemos e não devemos ser céticos, ou seja, não acreditar em nada. Entretanto, aquilo em que cremos precisa ter o fundamento sólido da palavra de Deus. Jesus nos ensinou a colocar o alicerce de nossa vida no fundamento da rocha, que é ele mesmo e sua doutrina (Mateus 7.24-27). Só assim nosso coração será satisfeito sem atentar contra a nossa fé em Cristo ou contra a razão.

Celio Hoegen