Numa hora dessas, como cristãos, precisamos é mudar de canal, deixando de dar audiência a esse tipo de apresentação. Afinal, temos motivos de sobra para não dar crédito a tais prognosticadores. Vejam só: o mundo não acabou em 2.000, como disseram que Nostradamus teria previsto; o Walter Mercado (aquele do “ligue já”!) é um caso de polícia na Europa; a Mãe Dinah tomou o maior vexame fazendo uma votação ridícula como postulante à deputada federal (será que, se fosse capaz de adivinhar algo, teria dado esse vexame?).
Algumas pessoas parecem ter uma premente necessidade de saber o futuro, uma ânsia de saciar os desejos de seu vaidoso coração. Como serão seus casos de amor? Seus negócios prosperarão? Que direção dar àquela decisão que precisa ser tomada? A viagem pretendida será bem sucedida? Em que dia devo iniciar a construção do prédio planejado? Enfim, são muitas perguntas e planos. São incautos os que se dirigem aos videntes de plantão em busca de respostas a essas e outras tantas perguntas. Esse tipo de atitude constitui verdadeira armadilha destinada a tomar o dinheiro de quem confia em enganadores profissionais, que não têm a mínima consideração em brincar com os sonhos e sentimentos das pessoas.
E, reparem só, muitos artistas de fama nacional submetem-se, em rede nacional, a verem seu destino e sua sorte serem traçados pelos mais variados métodos, inclusive visões ou jogo de búzios. Na realidade, isso só serve para animar os fãs desses artistas a procurarem tais videntes, dessa forma alimentando uma indústria do engodo. No meio disso tudo, de tanta previsão, é claro que alguma coisa, por pura coincidência, acaba se concretizando!
Como cristãos, não podemos e não devemos ser céticos, ou seja, não acreditar em nada. Entretanto, aquilo em que cremos precisa ter o fundamento sólido da palavra de Deus. Jesus nos ensinou a colocar o alicerce de nossa vida no fundamento da rocha, que é ele mesmo e sua doutrina (Mateus 7.24-27). Só assim nosso coração será satisfeito sem atentar contra a nossa fé em Cristo ou contra a razão.
Celio Hoegen
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