A compreensão estreita que vê a religião apenas como aquela que diz o “que pode” e “o que não pode”
interfere na maneira como compreendemos a vontade de Deus também a
respeito da família. A Bíblia não é um manual de instruções. Ela contém
princípios que nos revelam a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
E, o Apóstolo Paulo diz que esta é uma vontade que podemos experimentar.
Mas, isso depende de certo inconformismo com o “espírito da época” (Rm
12.2).
A vontade de Deus a respeito da família está revelada já no princípio
das Escrituras. Lemos em Gênesis 1.27 que “criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.
Diferente daquilo que costumamos ouvir, o Novo Testamento não revela
coisas diferentes, anulando a revelação do AT. A vontade de Deus
permanece a mesma. Jesus deixa isso muito claro quando, numa discussão
com os fariseus, faz uso daquilo que todos já sabiam: "Vocês não
leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por
essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os
dois se tornarão uma só carne’?” (Mateus 19.4-5).
Jesus
não apresenta nenhuma reinterpretação para acomodar o texto e a vontade
de Deus aos “novos tempos”. Ele apenas reafirma a revelação e a vontade
original de Deus. Pois é isto que Cristo veio fazer: restaurar o mundo e
o ser humano que encontram-se corrompidos pelo pecado. Jamais veremos
Jesus justificando o pecado ou propondo uma releitura da Bíblia de modo
que se encaixe melhor em nossos padrões.
As distorções,
consequências do pecado, obviamente estão aí, por toda parte. Mas, Jesus
não autorizou que nenhuma destas distorções fosse colocada como
referência legítima para novos modelos. Ele sempre de novo apontou para o
Pai, o Criador, a origem de tudo. Aquele cuja vontade é boa, perfeita e
agradável! Viver segundo esta vontade é viver conforme a realidade que o
Pai desejou!
O Senhor Jesus é aquele que redime também
relacionamentos, lares, e famílias! Que possamos nos deixar transformar
por sua graça e misericórdia, de modo que experimentemos a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus para nossas famílias!
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