27 de nov. de 2012

Edição 3 - Somos Igreja Evangélica de Confissão Luterana.

Somos Igreja Evangélica de Confissão Luterana.

Temos refletido em nosso Boletim Virtual a respeito do que significa IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Já analisamos o que é ser Igreja e, aliado a isso, Evangélica. Na denominação de nossa igreja, além de afirmarmos que somos Igreja Evangélica, dizemos também que somos de Confissão Luterana. Mas, o que isso significa?

Para iniciar, é importante ressaltar que quando dizemos ser de Confissão Luterana, não afirmamos que Martim Lutero fundou nossa igreja.  Como igreja de Jesus Cristo, a igreja luterana tem a sua origem no Pentecostes. Fato é que a leitura e o estudo da Bíblia provocaram aquilo que chamamos de Reforma Protestante, que teve Lutero como figura central. Em 1517, com o propósito de provocar uma discussão a respeito de sua descoberta bíblica da salvação pela graça, ele acabou mudando o rumo da história da igreja e do mundo.

Convém relembrar que nessa época havia a compreensão de que a justificação, a salvação pessoal e de outros, poderia ser adquirida por meio da venda de indulgências, ou seja, venda do perdão, libertação e salvação. No entendimento da igreja da época, havia uma espécie de “caixa positivo” dos benefícios de Cristo e de outros santos, que a igreja, por causa do ofício das chaves, poderia negociar. Lutero, percebendo que essa compreensão não era bíblica, criticou-a. É que ele entendia que essa prática desviava as pessoas da compreensão correta daquilo que Deus fez na pessoa de Jesus Cristo. Disso se desencadeou todo um processo de estudo da Palavra. Naquele tempo, o povo em geral não tinha acesso às Escrituras. Poucos sabiam ler. Por essa razão, Lutero deu grande ênfase na educação de todos e traduziu a Bíblia para a língua de seu povo. Sua intenção era que todos tivessem a possibilidade de conhecer a obra de Cristo, o crucificado, morto e ressurreto, crescer na fé e viver a partir do Seu Amor e Graça.

No desenvolvimento da Reforma, a ruptura com a igreja da época se tornou cada vez mais certa. Surgiram alguns escritos confessionais que ressaltaram a distância em relação à igreja romana. Exemplo foi a “Confissão de Augsburgo”. Nesta se ressaltou a centralidade de Cristo na experiência da justificação, acentuando o fato de que na morte do Deus Filho o ser humano é aceito de forma incondicional. Essa compreensão é conhecida ainda hoje como o pilar da reforma na afirmação “Solus Cristus”. Com o tempo, as igrejas da Reforma começaram a se organizar. Desde o início, consideraram importante o estabelecimento de alguns escritos confessionais, entre eles os credos da igreja antiga, por exemplo, Credo Apostólico, Confissão de Augsburgo e Catecismo Menor. Estes documentos se tornaram também referencia confessional na organização da Igreja Evangélica no Brasil, aqui chamada Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Diante de tudo isso, podemos dizer que ser de confissão luterana é afirmar que como igreja queremos continuar na mesma  trilha da reforma. Que temos a intenção de ser igreja sempre em reforma, indo ao encontro das pessoas em seus dilemas e perguntas existenciais. Ser igreja relevante! Ser igreja da Palavra (“Sola Scriptura”)! Para isso aceitamos os Credos da Igreja Antiga, o Catecismo Menor e a Confissão de Augsburgo como nossos escritos confessionais. Estes nos ajudam a ter parâmetros claros de leitura e estudo das Escrituras. A nossa tarefa hoje, que foi também a da época de Reforma, é não permitir que fatores externos interfiram na interpretação da Bíblia, o que sempre se mostrou como tendência do ser humano pecador. Nesse sentido, ser de confissão luterana é ser fiel a palavra de Deus, que permanece a mesma ao longo de todos os tempos. É afirmar com toda nossa força e convicção que somos salvos apenas mediante a fé (“Sola fide”), somente por causa da graça de Deus (“Sola Gratia”), que nos alcançou porque Deus ama incondicionalmente homens, mulheres e toda Sua criação; amor encarnado em Cristo Jesus (“Solus Cristus”).
P. Ms. Wilhelm Sell

Grupo de trabalho para o Boletim Virtual de Formação Cristã
P. Joel Schlemper – São José, SC
P. Daniel Schorn – Chapadão do Céu, GO
P. Dilmar Devantier – Palhoça, SC
Miss. Airton Palm – Curitiba, PR
P. Joelson Martins – São José, SC
P. Leandro Ristow – Maravilha, SC
Miss. Rodomar Ramlow – Pelotas, RS
P. Sigolf Greuel – Florianópolis, SC
P. Martin Weingaertner – Curitiba, PR
P. Wilhelm Sell – Palhoça, SC
P. Tiago Winkel – Presidente Getúlio, SC

13 de nov. de 2012

Edição 2 - Somos igreja evanélica


13 de novembro de 2012 – Edição 2 

Somos Igreja Evangélica

Por que Igreja EVANGÉLICA?

Quando nos designamos de “Evangélicos” precisamos lembrar que este termo de origem grega provém de Evangelho e significa “Boa Notícia”. Quando anunciou o nascimento de Jesus Cristo aos pastores nos arredores de Belém, o anjo utilizou esta palavra.


O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova [Evangelho] de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. (Lucas 2.10-11)


O movimento de Reforma iniciado por Lutero afirma que o seu fundamento é o Evangelho de Jesus Cristo que morreu e ressuscitou para a redenção graciosa de quem nele crer. Por isso foi sua ênfase na autoridade da Escritura como exclusiva fonte de doutrina e fé: “Somente a Escritura”.


Foi no estudo das Sagradas Escrituras que  Lutero redescobriu que somos aceitos graciosamente por Deus  pela fé.
Como Igreja Evangélica devemos e queremos ser fiéis ao que o Evangelho proclama e ensina, ou seja:
1.    Como a rebeldia contra Deus (=pecado) afeta todas as pessoas em todos os tempos e lugares, toda humanidade é carente de salvação.
2.    Deus mesmo providenciou graciosamente a salvação em Jesus Cristo que morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia.
3.    A esta oferta amorosa requer nossa resposta bem pessoal ao sacrifício de Jesus Cristo – conversão.


A Bíblia é a Palavra de Deus

Confessamos a inspiração divina da Bíblia, isto é, ainda que escrita por autores humanos ela é instrumento de Deus para comunicar-se conosco.  Isso faz da Bíblia um livro único e incomparável.  É autoridade máxima em questões de fé e vida:

“Toda a escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” (2 Timóteo 3.16)


O centro do testemunho bíblico é o anúncio de Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador de toda a humanidade. Não há outro livro que cause tanto impacto, transformação de vida, esperança aos cansados, consolo aos desalentados e restauração em qualquer lugar do mundo. Deus quer comunicar-se continuamente com o seu povo e o faz principalmente quando abrimos e lemos a Bíblia.


Existem muitas histórias fascinantes relacionadas à leitura da Bíblia. Vidas foram transformadas e renovadas pela leitura da Palavra de Deus. Assim, a Bíblia tornou-se o livro mais popular que existe. É também o livro mais poderoso e o mais precioso.


Leia, pois, sua Bíblia e permita que Deus comunique a sua boa notícia ao seu coração.

© P. Leandro Daniel Ristow